Ao invés de situações simuladas em laboratório e experimentos em pequena escala, o time liderado pelo dr. kutner (psicólogo clínico treinado na mayo clinic e professor do departamento de psiquiatria da harvard medical school) resolveu tratar situações reais, acompanhando 1.200 adolescentes no ambiente das suas famílias por um período de dois anos.
O resultado? Em uma manchete, a agência Reuters diz que
O livro não tem uma receita para resolver problemas relacionados a games, mas aconselha (como não poderia deixar de ser óbvio) bom senso.Segundo os autores, se uma criança está em jogos violentos, joga outras coisas e seu comportamento é normal, em casa, na rua e na escola, há pouco com que se preocupar.Mas se uma menina só joga games violentos e durante muitas horas por semana e se comporta de forma esquisita, alguma coisa pode estar errada.
Nada que a gente que tem filhos e netos, do lado de cá da tela, não saiba. muita gente espera que um “mundo seguro” caia do céu e que não seja preciso fazer nada para criar filhos, além de tê-los e provê-los de teto, comida e escola.Mas há uma instituição antiga, por aí, chamada família, que ainda serve pra muita coisa.Numa família caótica e talvez violenta, as melhores almas jovens podem resultar em adultos deploráveis.O que não significa que uma família equilibrada resolve todos os problemas do crescimento, mas que ajuda; ajuda, e muito, ter uma família em equilíbrio.
E na sociedade? Kutner e Olson estudaram os Estados Unidos (não há nenhum estudo parecido e em tal escala por aqui) e, lá, os crimes violentos cometidos por jovens caíram 44% desde 1994. que por acaso é o ano em que o Sony Playstation chegou ao mercado… será que isso quer dizer que jogos diminuem a violência? Não necessariamente, não há nenhum estudo que demonstre uma relação de causalidade. mas certamente não parecem aumentar.
Ah, sim: e quem financiou o estudo? A indústria de jogos? Não, foi o vetusto Departamento de Justiça dos Estados Unidos, interessado em entender o problema e, no processo, criar parâmetros para tratar a indústria de jogos.
Em resumo: jogos violentos não são a causa da violência infanto-juvenil.
Isso significa que você deve deixar seu garoto de seis anos de idade jogar GTA?Não.A menos que você não tenha argumentos suficientes para convencer uma criança tão jovem a jogar pebolim, fazer uma pipa, ir à praia ou ao parque, montar um roboneco com material reciclável, fazer um quebra-cabeças de 200 peças, ler uma revista infantil, ouvir ou contar uma história, preparar uma surpresa para o dia das mães, essas coisas que as crianças deveriam fazer com a participação dos pais.
Mas… se você não tem tempo pra participar da criação de seus filhos, pode deixar que GTA toma conta e o desenvolve.Tenho certeza de que é bem menos violento do que o noticiário que você já os deixa ver na TV… sem se lembrar de que nem toda mídia é boa pra saude mental.
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